Um verdadeiro museu a céu aberto, o Cemitério da Soledade é um marco histórico e arquitetônico em Belém do Pará. Inaugurado no contexto da febre amarela, em 1850, o local preserva estilos neoclássicos, barrocos, neogóticos e outros da época de sua construção.
Dada a sua importância, o Cemitério está sendo restaurado e requalificado. O objetivo é preservar o patrimônio arquitetônico e urbanístico da cidade, e por isso, um projeto foi elaborado para transformar o local em um parque aberto ao público.
Serão incorporados também um museu, uma área expositiva e ações de educação patrimonial. Todo o local será revitalizado, ganhando novas formas que preservam e ressaltam o valor arquitetônico da necrópole.
A arquiteta e urbanista Rosário Lima, uma das autoras do projeto de restauração, garante a integridade nos trabalhos. “A ideia é a mesma de intervenção e reabilitação. É uma área muito especial da cidade, e que vem a se tornar um ponto de visitação em que as pessoas vão conhecer um pouco de nossa história.”
Além do projeto de revitalização, que inclui a reestruturação de vários espaços do Cemitério, a intervenção do espaço prevê a construção de um pórtico de acesso e criação de estruturas elétricas, sanitárias e a segurança do local.
Roseane Norat, arquiteta e Diretora da Faculdade de Conservação e Restauro (FACORE) - UFPa, detalha algumas das estruturas presentes e que ganharão novos significados com a reforma. Pedras, metais, vitrais e azulejos que são verdadeiras obras de arte. “O Cemitério da Soledade é um presente para Belém. É um local tombado como patrimônio histórico, pelo seu conjunto artístico e paisagístico.”
Tão importante quanto entender seu valor, é entender como sua ressignificação trará novas pessoas a conhecê-lo assim como a história de Belém. “Ele já não é mais um cemitério como era no passado. Nós teremos um parque monumental, com obras que poderão ser apreciadas por sua rica simbologia”, afirma Roseane.
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