Desde o início do mundo, as cortinas atravessam séculos se fazendo presente nos ambientes. Sua função primordial era impedir a passagem da luz e diminuir a intensidade do som. Eram volumosas, apresentadas em tecidos pesados e escuros. Há anos, esse conceito vem sendo modificado, garantindo espaço para sua aplicabilidade em outros âmbitos, como decoração, onde já é peça fundamental de uma ambientação em apresentações mais leve e tons mais claros, dando fim aos volumes e babados.
Sendo o “toque final” da decoração interior, sua escolha é determinada principalmente pelo estilo do cômodo e seu mobiliário, cor das paredes e o cabedal de acessórios que temos disponíveis no mercado. Tamanha sua importância, a cortina ganhou avanços tecnológicos, como sistema de cordas (que abrem e fecham a cortina sem encostar evitando marca de mão na mesma) e a motorização (a queridinha do momento, em um click no controle remoto pode-se escolher quão a claridade entra – ou não - no ambiente).
Os tecidos permitem toda a diversificação que a cortina pode trazer e em qual ambiente deve melhor compor. Inúmeros podem ser utilizados para confeccionar uma bela cortina, basta ter bom senso para escolher o ideal agradável. Sendo os mais utilizados: o linho, a seda, o voil, a cambraia, a camurça e o misto que agrega o poliéster, seda e algodão em um único tecido. Em relação às cores, há que se ter cuidado, pois tons fortes demais podem cansar. O ambiente deve ser transmissor de algo calmo e os tons mais sóbrios como o bege são propícios para tal, sem mencionar que têm a vantagem de combinar com praticamente qualquer coisa, tendo como ideia decidir quais elementos do ambiente quer-se enfatizar.
Conversamos, para tirar todas nossas dúvidas e aguçar nossa criatividade – com a empresária Eliza Ferraz, proprietária de um dos maiores show rooms de design de interiores da cidade. Ela nos explica as diferenças, os detalhes e como fazer a melhor escolha de tecido e cor para cada ambiente. Delicie-se e inove-se!
Cortina Blackout
Impede a entrada da luz e reduz consideravelmente o calor. Aconselha-se sobrepor com outro tipo de tecido mais leve, como o voil, para dar mais suavidade ao ambiente. São usadas normalmente em home theater - evitando o reflexo na TV e criando uma experiência de “cinema” - e em salas de consultórios.
Cortina no linho
Tecido mais vendável, com barrados altos em renda feitos à mão que permitem chegar à altura desejada para pés diretos altos. Ideal para salas, em tons nude, compondo com a cor da parede, sofás e tapetes. Há de se ter cuidado para não ter informação demais, principalmente por muitas salas serem conjugadas e com vários outros artigos de decoração.
Cortinas listradas
Trabalhada no sistema de varão wave, onda dois (maior profundidade de prega) e embutida (saindo direto do cortineiro), esta cortina está em um tecido voal de seda listrada. O tom de azul é uma cor que não cansa e não briga com a decoração, muito favorável para quarto de adulto, já que normalmente a tônica de um quarto costuma ser o sossego ao final de um longo dia.
Cortina modelo Prega V
Cortina em tecido palha de linho com a antiga e famosa prega americana e com barrados de 60cm de sianinhas e varão com gola provençal. Charmosa, é excelente opção para cozinhas, dando um toque de aconchego remetendo à cozinha da casa de vó.
Cortina estampada ou de renda
O lugar indicado para ter leves estampas ou cortinas de rendas são os infantis e de bebês, respectivamente. A brincadeira pode surgir em ponteiros de modelos diferentes como pipas, bolas, lápis, ilhós coloridos ou em madeira, braçadeiras em formas de carrinhos, borboletas e etc. Neste da foto, um quarto de bebê para uma menina, a cortina vem com pregas mais largas e caprichadas no acabamento como a aplicação de guipure entre o voil de seda pura e a renda francesa. Detalhe e encantamento para a coroa da princesa.