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Cultura, arte e inovação se encontram na Casa SESI Indústria Criativa, inaugurada em Belém

Belém acaba de ganhar um novo espaço dedicado à cultura, criatividade e inovação: a Casa SESI Indústria Criativa, instalado em um casarão histórico na Avenida Brás de Aguiar, no bairro de Nazaré. Após um cuidadoso processo de restauro, o espaço abriu as portas para o público que ama arte, interação e sustentabilidade, nesta quarta-feira (5).


Como um dos espaços integrantes do Brazilian Industry Hub, ponto de convergência da indústria nacional durante a COP 30, o projeto é resultado da parceria entre o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Sistema FIEPA), por meio do Serviço Social da Indústria (SESI), com apoio do Conselho Nacional do SESI e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).


“A Casa SESI Indústria Criativa foi pensada para fazer a conexão entre o passado, o presente e o futuro. É um espaço criativo da indústria, aberto à população de uma maneira geral, ou seja, qualquer pessoa pode se inscrever no site da Federação das Indústrias do Estado do Pará e vir visitar esse espaço que foi pensado com extremo carinho para todo mundo aqui. Nós conseguimos fazer uma restauração desse casarão do século passado e nós trouxemos modernidade”, disse Marcella Novaes, vice-presidente da Fiepa e Jornada COP+.


Entre as programações que a Casa SESI apresenta em sua estreia está a exposição “Joias da Amazônia”, que une design, sustentabilidade e os saberes da floresta em uma verdadeira vitrine para a valorização do trabalho das artistas locais, e da riqueza cultural e natural da Amazônia durante a COP 30. O projeto é uma realização do Instituto Elabora Social, com patrocínio da Hydro e apoio institucional do Sistema FIEPA, da Jornada COP+, Ebata e Aimex.




Segundo Nathalie Kuperman, fundadora do Instituto Elabora Social, a exposição “Joias da Amazônia” é uma verdadeira experiência para o público e para as artesãs que participaram da confecção. “O projeto veio de um convite da FIEPA ao Instituto Elabora Social, que tem sede no Rio de Janeiro. O nosso instituto oferece uma formação completa em ouriversaria, que é o ofício de fazer joia. São nove meses de duração do curso onde a gente forma vinte e cinco mulheres ourives, que é uma profissão, na verdade, bastante masculina, então já quebra os paradigmas, trazendo as mulheres para essa profissão. Aqui na exposição podemos ver uma joalheria viva, feita por mãos femininas e uma joalheria amazônica”, afirmou.



Escamas de peixe, caroços de açaí, sementes, cerâmicas e fibras regionais, entre outros materiais da biodiversidade amazônica compõem as obras da exposição criadas por artesãs paraenses. As peças autorais, confeccionadas com insumos da natureza e madeira de manejo florestal, são integradas ao alumínio reciclado de ferro-velho, criando um diálogo entre a tradição e a inovação. As biojoias são inspiradas na vivência, memórias e sentimentos das 14 artesãs, que representam diversas regiões do Pará.  Para garantir a excelência e a originalidade das peças, as artistas receberam formação e consultoria técnica especializada do Instituto Elabora Social durante as etapas de elaboração e montagem. 



Para a artesã Cida Matos, participar do projeto foi inspirador e uma grande oportunidade de aprender e partilhar. “Participar foi algo maravilhoso. Uma experiência que representa muito para mim como pessoa e para a marca Tok Divino. Foi uma troca de experiência, foi conhecimento, ficar, fazer parte da equipe, troca de saberes, as técnicas que as outras artesãs usaram, então agregou muito. A gente não só se doou, mas também conhecimentos sobre precificação, venda, marketing e até fotos. Fazer parte dessa exposição, fazer parte desse momento é muito bom. O trabalho é muito lindo e inspirador”, contou.


A criação de Cida foi um belo colar feito com sementes de jarina, uma semente da Amazônia. A artesã explica como a joia foi feita. “Usei a semente de jarina, que vem de uma palmeira e que é conhecida como marfim da Amazônia, pela cor, aqui ela está tingida. também usei a canoinha que é um fruto de uma trepadeira, em que a gente pode aproveitar quando a natureza descaca, isso daqui cai, a gente colhe no chão, e a fibra de miriti que é uma fibra natural e aqui o alumínio”, compartilhou a empreendedora.




Além da exposição “Joias da Amazônia”, a Casa SESI apresenta mais três mostras simultâneas: a “Casa SESI”, que mostra a história do imóvel; a mostra imersiva “Im-PARÁ-veis”, que tem a direção da artista visual paraense Roberta Carvalho; e a mostra “Upcycling SENAI”, realizada por meio da parceria com a Receita Federal e o SENAI Pará, dedicada à economia circular e à redução de desperdícios.


“Essa casa foi totalmente reformada e restaurada. É uma casa que temos um registro do final do século 19, início do século 20. Após essa restauração, ela ganha um novo significado, que passa a ser a Casa SESI Indústria Criativa, uma casa onde nós vamos falar sobre a nossa cultura, economia criativa, indústria criativa, falar sobre moda, educação, cultura, culinária e letramento para essa área de fortalecimento da nossa economia criativa. A casa está aberta ao público e eu convido todos para conhecer”, reforça a gerente executiva de Cultura do SESI Pará, Ana Cláudia Moraes.


A Casa SESI Indústria Criativa funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, com visitas gratuitas mediante inscrição pelo site: https://www.fiepa.org.br/event-details/visitas-casa-sesi-industria-criativa.