Sinônimo de ancestralidade, a cerâmica marajoara é famosa por sua estética e estilo próprios. Ela tem origem na ilha de Marajó, por meio da antiga civilização pré-colombiana que habitou o local. Desde o início do século XX, Icoaraci, em Belém do Pará, se tornou um polo de produção dessa arte, que é considerada uma forma de expressão amazônica.
Quem conhece a cerâmica logo se lembra dos tradicionais vasos e outras peças que compõem a produção artesanal, mas você sabia que há itens que vão além disso?
A LiV foi visitar a Cerâmica Família Sant’ana, que disponibiliza verdadeiras peças de arte funcionais, como xícaras, pratos, amplificadores e até luminárias. Também batemos aquele papo com os artesãos Maynara Sant’ana e Sebastian Sant’ana, que nos apresentaram modelos para compor a casa, e quebrar aquele mito que as peças desse material servem somente para decoração.
Sebastian destaca que esse processo de criação veio de uma “inquietação” sua e da família. “Antigamente, tudo era feito de cerâmica. A encanação de rua, as louças, os potes de água… Então, pensamos ‘por que não voltar a esse passado?’ Aí a gente tenta replicar o máximo de peças e trazer para a cerâmica”, afirma.
Essa espécie de “releitura” da cerâmica tem permitido aos artesãos explorar sua criatividade e desenvolver toda espécie de produtos. Por ter uma matéria prima moldável, a cerâmica se torna ilimitada, permitindo que a visão do artista crie o que sua imaginação permitir.
Quando perguntado sobre o público que consome suas peças, Sebastian destaca que o foco é local. “A gente tenta muito conscientizar ao nosso redor, para que consigamos nos estabelecer enquanto artistas. Nós exportamos algumas coisas para fora, mas não chega a ser uma quantidade muito grande. Aqui, a gente entende a cerâmica como um produto artesanal e respeita todos os processos, trabalhando principalmente com o tempo da natureza.”
Confira agora algumas peças:
Xícaras e copos
Cuba e luminária
Porta joias