Conectar pessoas com competências diferentes que podem somar e se ajudar, criando, assim, arranjos produtivos. Quando há diferentes pontos de vista interagindo, cria-se o ambiente propício para o surgimento de novas ideias, negócios e possibilidades. Esse é o barato do coworking. Surgido em 1999, o termo “coworking” nasce nos Estados Unidos, quando Bernie de Koven o define como “qualquer trabalho colaborativo que fosse embasado nas novas tecnologias do computador”. Há quem diga que o trabalho em espaços compartilhados já ocorre desde antes de 1900.
Porém, a conversa hoje não vai focar no surgimento do nome ou formato de trabalho em ambientes compartilhados; mas sobre como o coworking vem mudando a maneira de se pensar o ambiente empresarial, empreendimentos e geração de networking de maneira orgânica em um local cotidianamente propício para isso.
O que é coworking na prática? O termo vem sendo cada vez mais difundido e o formato é cada vez mais procurado por diversos tipos de empreendedores. Com a proposta de oferecer um ambiente de trabalho democrático capaz de atender desde pequenas empresas, profissionais freelancers e autônomos, o coworking disponibiliza opções bem mais baratas para quem sente a necessidade de sair do formato home office - movimento bastante comum diante do cenário da pandemia do covid-19 - para trabalhar em um espaço físico confortável, seguro e com infraestrutura completa, que vai desde endereço fiscal a salas de reunião e auditórios.
As vantagens do coworking também atendem negócios de médio e grande porte que contam com a flexibilidade na estrutura dos espaços, que podem ser ampliados ou reduzidos de acordo com a necessidade de cada cliente. Mas não é só isso! Coworking vai além da ideia de um ambiente de trabalho com boa relação custo-benefício e infraestrutura compartilhada. É também a ideia de um espaço social e criativo que possibilita diversas trocas e inspiração. Um espaço para fomentar novas ideias, ampliar e gerar networking.
Exemplo disto é a Do It Coworking, no bairro da Campina, em Belém, que nasce quando o empresário Gervásio Morgado, hoje CEO do empreendimento, entende a necessidade do mercado belenense de ter um espaço onde pessoas e empresas possam interagir, criar e movimentar uma comunidade que, de alguma maneira, busca cada vez mais por inovação e novas maneiras de se pensar economia e empreendedorismo. “Já funcionávamos aqui [no prédio], em um outro empreendimento. Era um galpão grande com um escritório. Nós tínhamos um espaço interessante, descolado, inovador. Depois de um tempo, começamos a receber visitas de muitas pessoas para conhecer o nosso escritório porque viam fotos em redes sociais e muitos passaram a nos procurar com interesse de alugar um espaço dentro do nosso. Queriam aproveitar o espaço para bater um papo, conversar sobre inovação, empreendedorismo e também para estar dentro de um ambiente que já era muito interessante”, contou Gervásio, que dessa maneira viu a ideia de aproveitar o imóvel como um todo.
Além disso, o empresário diz que já vinha percebendo a necessidade de um espaço como a Do It Coworking no mercado da cidade, mas que tivesse com um toque diferente dos outros: “o diferencial na Do It é que a maioria dos espaços de coworking que temos em Belém oferece apenas espaços de locação de salas, e, aqui, além das salas e estações compartilhadas, ainda é possível realizar essa troca de ideias com quem circula pelo ambiente, com quem ocupa as estações espalhadas pelo prédio e com o mercado externo”, explicou o CEO, que completou dizendo: “a demanda maior é a de locação de salas".
A procura se justifica muito pelo que a gente oferece de serviços e produtos”. João Felipe Gomes, diretor financeiro do empreendimento, acredita que o serviço prestado no espaço vai muito além do aluguel de salas. É a formação de uma rede de relações. O coworking sugere a criação de comunidades que se fazem a partir da vivência e troca de experiências que o dia a dia nesses ambientes proporciona aos que se propõem a experimentar o que, muitos dizem, ser o futuro da configuração de trabalho. “Não é o metro quadrado da sala, por exemplo, que vai impactar o faturamento, e sim o serviço prestado, a estrutura da sala de reunião e do prédio. É poder estar toda hora encontrando os outros coworkers, [como são chamados os membros da comunidade] e fazer negócios.
A gente estimula muito essa ideia de fomentar negócios entre eles”, diz João Felipe. “Aqui, nós temos um cliente que é um escritório de arquitetura, e esse escritório já atende quem entra para fazer parte do time. O ponto é estimular negócios dentro da nossa comunidade e também trazer novos [negócios] para cá. Mas, principalmente, no começo, entre essas pessoas e empresas”, conta.
Alguns espaços coworking em Belém para conhecer:
CANTO COWORKING
Av. Serzedelo Corrêa, 15 Nazaré, Belém - PA
Horário de Funcionamento: Segunda a Sexta, das 9h às 20h e Domingos, das 8h às 12h
Telefone: (91) 9144-8299
ELEPHANT COWORKING
Av. Gov. José Malcher, 153 Nazaré, Belém - PA
Horário de funcionamento: Segunda a Sexta, das 8h às 20h e aos Sábados, das 8h às 12h
Telefone: (91) 2122-9382
DO IT COWORKING
R. Avertano Rocha, 192 Campina, Belém - PA
Horário de funcionamento: Segunda a Sexta, das 8h30 às 19h30 e aos Sábados, das 8h30 às 13h
Telefone: (91) 98490-8905