Todo carnaval tem seu fim. 

Com a gente não seria diferente. Já namorei homens mais novos e mais velhos, mauricinhos, malucões, lindos, feios, sérios, caretas, artistas, servidores públicos...já namorei muitos anos, já tive casos passageiros...enfim, posso afirmar que não há regra quando se fala de coisas do coração. Já vi de tudo, flor! O cara que sumiu depois que fui “difícil”, o que se apaixonou quando fui “fácil”, e já teve o que se afastou quando estava apaixonado demais. 

Teve o que valorizou quando perdeu, teve o que me amou independente de qualquer motivo. 

Teve o que virou melhor amigo, e outro que agradeço por ter saído da minha vida. Livramento!

Sem contar aquele que me amava pra cacete e me traía a cada semana, e o que nem era tão afim, mas me respeitou até o último gole.

Teve o namoro longo que era superficial e confortável, e teve o caso de curta duração, mas que foi muito mais profundo e intenso do que qualquer bodas de prata.

Teve o que adorava minha liberdade, e o que quis me domar feito crina de cavalo. Ah, coitado!

Teve a amizade que virou namoro, e o namoro que virou amizade. Teve aquele que me completava intelectualmente, teve o que me tocava e dava choque, teve o que me fez confundir atração com amor, e o que foi completamente esquecido...

Não “temos” relações, “somos” relações, e aqui me despeço dessa relação deliciosa com a revista LiV. Foram 5 anos de namoro delicioso, cheio de cócegas enquanto me liam. Cheio de paixão a cada palavra escrita. Eventualmente, incompreensão e discordância com minha opinião. Tudo bem. As diferenças que complementam os afetos. 

Seguimos cada um pra um lado, dando espaço pra novos amores, novos colunistas, novos pontos de vista.

Não é você, sou eu. 

Temos que saber a hora de dizer adeus, quando não conseguimos mais nos dedicar como antes.

Novos projetos me impedem de oferecer minha melhor versão. 

Não me leve a mal. 

Já trocamos o suficiente e agora seguimos atravessados um pelo outro para sempre.

O fato é que enquanto as relações fluem, os sonhos se transformam e nos desviam.

Essa foi a mensagem que sempre pretendi te passar nesses anos.

Seja o seu maior amor!

E se filosofar ajuda a compreender melhor a vida, O AMOR NÃO ESTÁ EM QUEM É AMADO, MAS EM QUEM AMA (Platão foi foda, e dizem que ainda era gostoso...rs). Na verdade, nos apegamos ao sentimento que temos dentro da gente, nos apegamos a pessoa maravilhosa que nos tornamos quando 'gostamos' de alguém...isso sim!

Então, quando terminar algo, vamos continuar apaixonadas por nós mesmas, essa sim, a mais verdadeira e terna relação de amor, a que mantemos com a gente. E dessa vez, pode ser pra sempre!!