“Café bom é café do seu agrado”. Essa parece ser a prerrogativa dos amantes e especialistas de uma das bebidas mais amadas do planeta. Impossível de não ser notado pelo seu sabor ou pelo aroma no ar, o café segue conquistando paladares e vem ganhando novas formas, até mesmo artísticas. E nada melhor para conversar sobre café do que ter verdadeiros especialistas sobre o assunto. Por isso, o Portal LiV bateu aquele papo com o barista Marinaldo Siqueira, da Amazon Déli, e com o especialista Victor Almeida, que contou os detalhes e curiosidades desse universo. Sirva sua xícara e acompanhe.
Há sete anos, o barista Marinaldo foi introduzido à arte do café. E quando se fala em arte, é no sentido literal. Ele, que também já exercia trabalhos como pintor, passou a produzir obras em uma tela bem menor. Agora, são as xícaras de café que ganham espaço em artes criativas e inusitadas, surpreendendo o público.
Para Marinaldo, o barista não é aquele que somente serve a bebida, mas que conhece todo o processo, desde a produção do grão. O profissional é tão envolvido com a latte art que desenvolveu uma espécie de caneta, utilizando “tinta” de chocolate para aplicação nas bebidas. Para ele, a parte mais gratificante é perceber a satisfação e felicidade dos clientes ao receberem a xícara. “Fiquei tão feliz que não parei mais”, completa.
Quem também entende de café é o especialista Victor Almeida, que se considera um coffee lover. De cara, ele já nos explica que a intensidade do café não é definida somente pelo seu amargor, mas também por outras características como a acidez, corpo e doçura.
Somos convidados inicialmente para um “duelo” entre cafés, que nada mais é do que uma comparação entre as bebidas feitas com o pó industrializado e as feitas com o pó artesanal. Perceber a diferença entre os sabores é inevitável: não somente o aroma não é o mesmo, mas o sabor e cores na xícara. Uma vez reproduzida a experiência, a diferença se torna notável. Victor destaca que algumas cafeterias já investem na produção do próprio café num processo em que elas mesmas torram o grão, a chamada torrefação.
Espresso clássico. O espresso vem da palavra “espremer”, e por isso, o pó é comprimido durante o processo. Dele, podemos destacar o seu intenso sabor, e a crema que não se dissolve na xícara. É o sinal de um café de qualidade.
Capuccino. É um espresso com leite. A versão italiana é composta de café e leite batido, e sua variação brasileira pode carregar canela ou chocolate.
Prensa Francesa. Talvez o mais diferenciado entre os citados. Seu sabor é mais cítrico, ácido e o amargor característico do café é quase imperceptível. O grão é prensado no ato de servir, permitindo uma fusão densa entre o pó e a água.
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