Rock in Rio, eu vou!

Paraenses relembram histórias e fazem planos para o festival deste ano

13/06/2011 15:18 / Por: Luiza Cabral
Rock in Rio, eu vou!

O Rock In Rio acontecerá na capital carioca, mas o clima deste que é um dos maiores festivais de música do mundo invade o país inteiro, inclusive o Pará. O que não faltam pelas bandas de cá são entusiastas do evento arrumando as malas e preparando o espírito e o corpo para a extensa programação que acontece entre os dias 23 de setembro e 2 de outubro, em dois fins de semana seguidos. Em meio às expectativas para este ano, há ainda os paraenses que acumulam lembranças de edições anteriores.

Gilvandro de Almeida Júnior é paraense, mas mora no Rio de Janeiro há oito anos. Os laços com a cidade carioca, porém, se estreitaram muito antes, em 1985, quando uma viagem em família transformou-se numa imersão no universo da música. “Na minha primeira viagem ao Rio fui com meus pais, ou seja, era somente mais uma viagem de férias. Só que, para minha sorte, consegui ganhar um ingresso para o Rock in Rio. Fui com amigos que também estavam na cidade”, relembra.

Gilvandro Jr ganhou ingresso para o festival em 1985
 
Gilvandro Jr ganhou ingresso para o festival em 1985

Na década de 1980 o heavy metal estava no topo na indústria fonográfica. Para Júnior, assim como para a maioria dos jovens da época, não existia nada melhor do que bater a cabeça ao som de bandas que hoje são consideradas dinossauros da música. “Pude assistir a bandas como Iron Maiden, Whitesnake e Queen. Isso era um sonho para qualquer adolescente. Fiquei simplesmente fascinado com o Eddie, mascote do Iron Maiden, e com a presença de palco do Freddie Mercury, vocalista do Queen”, comenta.

As lembranças da arena da Cidade do Rock lotada, da chuva que vez ou outra ameaçava cair e dos artistas preferidos no palco fizeram Júnior ter um carinho muito especial pelo festival. Tanto que o ingresso para a edição de 2011 já está na mão. “Confesso que diferentemente da primeira edição do Rock in Rio, esta não me comove tanto. Digo isso em relação às atrações, já que realmente não conheço e não gosto da maioria dos artistas que vão participar. A experiência de se juntar a uma massa e celebrar a música, contudo, é única e sempre vale a pena”, justifica.

Para Lívia Damasceno, 21, a próxima edição do Rock in Rio vale a pena exatamente por causa das atrações. A estudante vai para o Rio de Janeiro em companhia da irmã, mas já combinou com amigos de se encontrarem no festival. Lívia só conseguiu licença do trabalho para um fim de semana, que teve de ser escolhido a dedo. “Gosto de vários artistas que virão e fiquei em dúvida de quais dias priorizar. Vou estar lá no dia do heavy metal, segmento musical de que sempre gostei”, conta, animada, ao enumerar os shows a que vai assistir. “Vou ver Metallica, Motorhead e Sepultura, além de muitos outros artistas que admiro”.

Entre tantos depoimentos o que se pode concluir é que tanto para os mais novos, como para os mais velhos, independente das atrações, o que chama atenção no Rock in Rio e faz com que fronteiras geográficas sejam insignificantes é o amor pela música. “Sempre quis ir a um Rock in Rio. Já havia escutado tantas histórias sobre o festival que poder participar de uma edição é muito emocionante”, considera Lívia, que assim como Júnior, provavelmente vai guardar na memória os momentos vividos na Cidade do Rock.

Para saber a programação completa do Rock in Rio e como se localizar na Cidade do Rock, é só acessar o site do festival: www.rockinrio.com.br

Números e curiosidades da história do festival

A história do Rock in Rio está recheada de números e também de algumas notas curiosas:

São e 380 mil pessoas estiveram na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro, em 1985, na primeira edição do festival.


700 mil pessoas esgotaram o Estádio do Maracanã no Rock in Rio II, em 1991.


1 milhão e 235 mil pessoas encheram, dez anos depois, uma Cidade do Rock construída para a última edição do Rock in Rio no Brasil.


Bater recordes parece coisa fácil para o brasileiro Roberto Medina, o publicitário que concebeu o projeto. "A maior plateia do Brasil eram 30 mil, 40 mil pessoas, eu estava falando de um milhão e meio", conta Medina sobre o início do projeto.  "Fui acreditando nesse sonho, as outras pessoas foram comprando esse sonho", diz o empresário. Foi a cervejaria Brahma a primeira a "vender o sonho" e a possibilitar a realização do evento, com um patrocínio para lançar uma nova cerveja, a Malt 90.


Além dos concertos, a primeira Cidade do Rock teve dois centros comerciais, e a McDonald's entrou para o "Guinness Book of Records" com 58 mil hamburgueres vendidos num só dia.


Os números continuaram a impressionar no Rock in Rio II, com 500.000 watts de potência durante nove dias, e transmissão televisiva para 55 países. Billy Idol, Faith No More, George Michael, Guns n'Roses, INXS, Joe Cocker, Prince, Santana, só para citar alguns, fizeram parte do elenco musical.


Segundo Roberto Medina, o último Rock in Rio gerou US$ 500 mil (cerca de 420 mil euros) a mais de receitas para o Rio de Janeiro.


A terceira edição introduziu o conceito "Por um Mundo Melhor" (ver texto ao lado), com um projeto social que, segundo a organização, ajudou três mil jovens a concluírem os seu estudos.

O grande momento do festival em 2001 foi a abertura: três minutos de silêncio "Por um mundo melhor", em que as televisões e rádios do Brasil também participaram, parando as transmissões.

 

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