Em 2003, a China enviava pela primeira vez um homem ao espaço, Arnold Schwarzenegger foi eleito governador da Califórnia, Daiane dos Santos brilhava na ginástica olímpica mundial, Kaká começava a emplacar no futebol internacional e Lula assumia a presidência do país. No Pará, Simão Jatene era empossado governador do estado. Fãs geeks corriam aos cinemas da cidade, em expectativa pelos lançamentos de “Harry Potter e a Câmara Secreta” e “O Senhor dos Anéis: As duas Torres” – ambos exibidos no cinema “Nazaré”. O Remo era sagrado campeão paraense e a banda Calypso estava em ascensão nacional.
Esse foi o contexto do surgimento da Revista Leal Moreira (chamada, no começo de sua trajetória, de “Living”), que completa dez anos. À mesma época, a construtora Leal Moreira, então com 17 anos de existência, já era referência no mercado com diversos empreendimentos imobiliários.
Com um projeto gráfico diferenciado, a publicação chegou ao mercado com a proposta de inovar e encantar os leitores. “Quando eu comecei a pensar na revista, já pensei nela como é hoje: grande e sendo um agente transformador. Dificilmente invisto esforços imaginando algo que não vá fazer diferença”, afirma André Moreira, diretor de marketing da Leal Moreira, idealizador e diretor editorial da publicação.
Fazer algo dessa grandiosidade logo nas primeiras edições exigiu da equipe bastante dedicação e profissionalismo. Bina Jares, um dos criadores da publicação e, na época, editor e diretor de arte, explica como foi esse processo. “Depois que a revista foi apresentada e adquirida pela Leal Moreira, entramos e saímos de várias reuniões até chegarmos num modelo que consideramos na época o ideal. André Moreira, André Loreto e eu chegamos a uma conclusão depois de três meses e a revista foi então pra rua. Era a Living”.
A revista –que já nasceu com formato de capa de vinil e layout inspirado em discos de jazz –começou com uma tiragem inicial de aproximadamente 5.000 exemplares e com um modelo gráfico e editorial estabelecido, mas sempre aberto a mudanças visando o seu desenvolvimento, como conta André Moreira. “No primeiro ano ainda, ouvi da equipe que, em vez de a revista ser de quem vivia um Leal Moreira, devíamos fazê-la para quem vivia e para quem deseja um Leal Moreira. Isso foi uma sugestão conceitual que fez muita diferença. A partir daí mudaram os personagens e a forma de abordá-los. Essa alteração aconteceu lá pelo quinto número e essa modificação foi, realmente, muito boa para a revista”.
O êxito da publicação também sempre foi atribuído à amizade e parceria entre os colaboradores. André Loreto, diagramador e diretor de arte, que está desde o começo da revista, explica melhor: “O início da revista foi o meu maior desafio”. Carioca, recém-chegado a Belém, ele conta que estava numa cidade nova, ninguém o conhecia, “muito menos o meu estilo”, afirma. “Mas tive muita sorte de estar no lugar certo e com as pessoas certas. O Bina foi uma dessas pessoas. O André Moreira também, que acreditou no que eu poderia fazer. Ele foi uma pessoa muito importante nesse processo, pois nos dava liberdade para criar”.
Com profissionais talentosos e entrevistados ilustres, a revista não poderia ter seguido outro caminho senão o do sucesso – e ela destacou-se não só por trazer nomes como Camila Pitanga, Marcelo Tas, Sérgio Groisman, Erasmo Carlos, Paulinho da Viola e várias outras celebridades, mas também por buscar relacioná-los com a nossa região. Um bom exemplo disso foi a entrevista com o chef Alex Atala. Ao ser indagado sobre o que a culinária amazônica tem de diferente, ele respondeu: “Esses sabores típicos que você não consegue explicar. Por exemplo, o que é cupuaçu? Se você não botar na boca, não dá para descrever. São características únicas que encantam”.
Outro grande entrevistado foi Nelson Motta, na edição 35, que fez questão de exaltar a cultura paraense. “O Pará tem músicos incríveis, levadas diferentes, ritmos variados, forte influência caribenha. Eles têm um frescor e uma vitalidade! É atualmente a cena musical mais interessante do Brasil.” O escritor e jornalista Ruy Castro também não poupou elogios à Cidade das Mangueiras. “Adoro Belém, já fui aí várias vezes desde 1983 e, quando vou, não deixo de comer maniçoba. Se não vou mais, é por falta de tempo mesmo. É uma das cidades fora do Rio em que me sinto mais em casa – gosto da arquitetura, do calor úmido, e acho o máximo estar cercado de tantos torcedores do Flamengo”.
Tal qual uma família, a Revista Leal Moreira foi se expandindo e ganhando novos membros, como a jornalista Lorena Filgueiras, editora desde 2011. Ela resume em uma palavra sua relação com a revista: “Amor. Não tem como definir melhor o sentimento e a relação com a RLM. Tem uma frase do Confúcio que resume bem essa relação: ‘Escolhe um trabalho que ames e não terás de trabalhar um único dia’. Até hoje me emociono ao me lembrar da primeira revista que editei. Foi a que tem o Selton Mello na capa. Havia acabado de perder meu pai, mas tinha de fechar a revista... O trabalho me ajudou muito a manter os pés no chão. Tanto que essa edição (a RLM32), ao lado da revista que traz a Larissa (vôlei) e a Teresa Salgueiro são minhas preferidas. Acho que posso falar pela equipe quando digo que há um misto de ansiedade para vê-la, quando volta da gráfica. Vibramos como se fosse a primeira. É uma equipe apaixonada. Bom, né? (risos)”.
Outra que também passou a fazer parte dessa família foi a jornalista Camila Barbalho, produtora editorial e editora-assistente. “Passei a integrar a equipe em junho de 2011. De cara, tive a certeza de estar entre amigos –e, sobretudo, entre gente muito competente e apaixonada pelo que faz. A primeira impressão foi se confirmando com o passar do tempo. Todos nós gostamos e nos importamos muito uns com os outros. Talvez por isso tenhamos resultados tão bons. No início de 2013, passei a ser editora-assistente, e o nível de comprometimento, de responsabilidade e de carinho só fez aumentar –tanto com a publicação quanto com a equipe.”
A cada edição, as expectativas dos profissionais envolvidos em sua produção se renovam para a sua chegada. “Toda edição é como se fosse a primeira. Ainda sinto um frio na barriga quando ela vai para a gráfica. Ver algo que você cria no computador virar realidade é algo realmente incrível, mas ver a revista que sai religiosamente dentro dos prazos por 10 anos, e sempre evoluindo a cada edição, não tem preço. Ela é como um filho; e, como tal, é uma grande responsabilidade estar junto, ajudando a cada ano em seu desenvolvimento”, disse André Loreto.
Jansen Barros, da Madre Comunicadores – agência responsável pela publicidade da Leal Moreira –, ressalta que “é sensacional que, depois de 10 anos, a cada edição eu tenha mais orgulho dela. Se as pessoas soubessem o carinho com que essa revista é feita, em todos os níveis –comercial, editorial, publicitário... Isso se reflete em um produto bem acabado. O prestígio veio logo no início da RLM, em que tivemos um prêmio latino em uma das capas e temos também o selo de publicidade de Design Gráfico do Festival de Gramado”.
A atual gerente comercial, Danielle Levy, ressalta que toda essa ótima repercussão é constatada pelo reconhecimento que os anunciantes veem na revista. “Ela é muito bem posicionada no mercado e é vista como um excelente veículo de comunicação. Estar nela traz status e agrega valor ao produto e à marca. O veículo é extremamente respeitado e benquisto. As portas estão sempre abertas para nós, e isso é maravilhoso”.
Mateus Simões, gerente de marketing da construtora há um ano, diz que o marketing da Leal Moreira tem uma relação muito próxima com a publicação. “Falando como leitor, sempre considerei a Revista Leal Moreira a mais bonita, de conteúdo mais completo de toda a região. Ela é uma publicação especial porque nosso maior desafio é fazer uma revista corporativa que não seja ‘chapa branca’. O objetivo dela é refletir o estilo de vida de quem vive a Leal Moreira; e isso, por si, já é um diferencial sem igual. Além dos outros aspectos que a tornam única: o tratamento fotográfico, o layout preciso, milimétrico, as matérias, os nomes famosos que já passaram por suas páginas. A RLM foi precursora de um estilo singular. E os clientes que agregam à Revista Leal Moreira sentem isso –é um investimento com retorno garantido.”
Jansen Barros complementa dizendo que “a RLM, como instrumento de divulgação, branding de marca da Leal Moreira, é uma ferramenta absurdamente especial. Ela consegue ser aceita, assimilada, consegue arrancar elogios de pessoas ligadas à Leal Moreira tanto direta quanto indiretamente, e até mesmo de gente que não tem contato nenhum com a marca. Estou falando de mercados externos. Já tivemos algumas experiências no Sudeste e ela foi bem aceita e elogiada”.
Ao longo de sua primeira década, a publicação nunca estagnou. Ao contrário: ela continua inovando e surpreendendo a cada nova edição – tanto que encerrar seu conteúdo nas páginas da versão impressa deixou de ser o bastante há algum tempo. Por isso, a RLM – como a chamamos, carinhosamente – acompanhou as tendências digitais e passou a investir em conteúdo exclusivo para seu site, que possui aproximadamente 15 mil visualizações por mês; e para suas redes sociais, nas quais também marca presença com atualizações diárias. A utilização do QR code veio no fim de 2011. Com a função de redirecionar os leitores ao site por meio das páginas sinalizadas, a tecnologia uniu revista impressa e conteúdo digital. O crescimento número após número, comercial e editorialmente, motivou outra mudança no início de 2013: sua bimestralidade – antes ela era trimestral. Atualmente, a tiragem da publicação é de 12 mil exemplares (e de 15 mil exemplares em épocas especiais, como o Círio, por exemplo). Para comemorar todo esse sucesso, será realizada em breve uma grande festa para marcar o seu aniversário.
Os grandes responsáveis por nós chegarmos a esse patamar de excelência são os nossos colaboradores e, principalmente, os nossos leitores, que nos acompanham e nos motivam nessa trajetória desde o começo. Por isso, nós gostaríamos de agradecê-los imensamente e dizer que, sem vocês, nada disso seria possível.
- Depoimentos:
André Moreira – Diretor editorial
Está aí um grande orgulho que eu tenho: a Revista Leal Moreira. Espero para os próximos dez anos que ela esteja com muita saúde, feliz, e que ela se transforme em uma ferramenta de ideias novas. Eu me considero um homem de ideias e gosto mesmo é de quem pensa diferente e de quem acredita no que pensa.
Lorena Filgueiras – Editora-Chefe
A RLM é um somatório de experiências, de profissionais de quilate que passaram por ela, que estão nela. Somos uma equipe – e isso faz toda a diferença. Não existe “eu”. Sempre há “nós”. Todos, sem exceção, colaboraram fundamentalmente para que a publicação fosse o que é hoje e falo sem exageros: talvez a mais bonita e mais cuidadosa de nossa região. Desejo à RLM uma vida longeva – cada vez melhor!
André Loreto – Diagramação e direção de arte
Esses 10 anos foram sensacionais, conheci muitos profissionais que me ajudaram a construir a RLM, pois é impossível fazer uma publicação desse nível sem uma grande equipe. E essas mesmas pessoas me ajudaram a evoluir no que faço – logo, só tenho a agradecer. Com certeza o desafio continua, pois mais difícil do que fazer a revista chegar onde ela chegou é mantê-la onde está. Acredito que a evolução tem que ser constante e, pensando assim, gostaria de ver a RLM com circulação nacional.
Bina Jares – Criador/editor/diretor de arte.
Como vejo a revista? Todas as mudanças foram necessárias pra atender as exigências dos leitores. Essa adequação é obrigatória quando baseada no sentimento e desejo do leitor, ou possível leitor. Ainda a acho uma publicação única e fico feliz em ver sua longevidade num mercado muito difícil para esse tipo de produto. Não tenho acesso a todas, mas já formou seu público e tem como maior trunfo a sua adaptação ao gosto do leitor. Espero outros muitos dez anos.
Danielle Levy – Gerente Comercial
Sempre fui fã da revista e estar agora à frente do comercial dela é um enorme passo na minha carreira profissional. Aqui dentro, amamos o que fazemos. Quando isso acontece, o trabalho flui e o resultado é sempre satisfatório! Além disso, o comercial tem uma equipe muito forte, focada, responsável e que acredita no produto também. Visitar um cliente e ele dizer que sempre foi seu sonho anunciar na revista... É como realizar um sonho de alguém. E receber o feedback dele, dizendo que houve um estrondoso retorno após seu anúncio, é melhor ainda!
Jansen Barros – Madre Comunicadores
Você vê hoje, claramente, uma revista melhor, mais bonita, evoluída. Ela, hoje, está além-papel: você já tem interatividade, olha que fantástico! Você já pode ter outro tipo de impacto na matéria, pode ir para o vídeo, para o áudio, por meio das páginas da revista. Este conteúdo mais interativo impactando outras mídias, tudo pela revista, é uma coisa fantástica. Acho que, nos próximos dez anos, a gente tende a acompanhar e evoluir muito mais neste sentido.
Mateus – Marketing da Leal Moreira
A Revista Leal Moreira, sem exageros, foi um divisor de águas no mercado editorial paraense. Falo isso sem medo de errar. E comercialmente falando, investir nela é um diferencial... Que tem retorno garantido. Desejo que a RLM fique cada vez melhor. E vou te contar um segredo: gostaria que ela fosse mensal. A editora-chefe vai me matar... (risos).
Camila Barbalho – Produtora e editora-assistente da RLM
São dez anos de capas lindas, gente interessante, boas histórias... Isso tudo é fruto do excelente material humano que a revista sempre teve, desde muito antes de chegarmos à equipe que temos hoje. Cada profissional, cada colaborador que passou pela RLM deixou sua marca e contribuiu profundamente pra que ela seja o que é hoje. Com o passar do tempo, a revista só fez crescer, ganhar mais e mais consistência. Sem dúvida alguma, a Revista Leal Moreira é uma das publicações mais bem feitas, mais bonitas e com tratamento editorial mais cuidadoso do Brasil. Para o futuro, desejo cada vez mais capas lindas, gente interessante, boas histórias... Por muitas e muitas décadas. E se eu puder estar por perto pra acompanhar, melhor ainda.