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Ocupando a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras e autor do Manifesto Neoconcretista, Gullar teve uma ajuda inusitada no desenvolvimento de sua mais nova obra, que reúne 60 colagens em alto relevo. Seu gato. O escritor conta que já vinha trabalhando em algumas peças, mas de forma mais “organizada” até o seu animal de estimação subir na mesa e desarrumar tudo. “Colei-os tal como estavam: disso resultou que o desenho era a ordem e os recortes coloridos, a desordem”, conta o poeta.
Originalmente em papel, as obras cuja principal característica é a sobreposição em relevos que parecem materializar as dobras do artista foram transpostas para o aço. O livro “A revelação do avesso — Colagens em relevo de Ferreira Gullar” foi lançado no dia 12 de novembro, em São Paulo e no dia 22 do mesmo mês, no Rio de Janeiro. As colagens ficarão expostas até o dia 6 de dezembro na Dan Galeria, em São Paulo.
A mais nova obra do autor parece que foi feita em torno de uma de suas mais célebres frases: “a poesia nasce do espanto”, meio no improviso, meio de surpresa. “Estava recortando um papel de cor verde, quando de repente o avesso desse papel, que era de outra cor, se mostrou: colei o recorte assim mesmo, isto é, a forma verde que recortara e mostrando o avesso de cor cinza, que se revelara inesperadamente. E assim nasceram as colagens em relevo, que passei a fazer em formato maior”, conta o artista.
Em 2013, Ferreira Gullar concedeu uma entrevista exclusiva para a Revista Leal Moreira. Confira e saiba mais sobre o poeta: https://www.lealmoreira.com.br/revista/conteudo/a_vida_nao_basta