Na década 80, mais precisamente em 1985, o maior ícone dos games surgia. O encanador de macacão vermelho já passou pelas mãos de todo mundo durante a infância, e as partidas de Super Mario World ficaram eternizadas em nossa memória.
Legado e impacto popular é para poucos, e isso a Nintendo sabe bem. Em 1993, a gigante do Japão decidiu se lançar em mais uma empreitada, levando o herói aos cinemas em parceria com a Hollywood Pictures. Claro, Super Mario Bros. tinha tudo para dar certo, mas o resultado foi um longa controverso, com problemas de produção e mal avaliado pela crítica.
Por isso, não foi surpreendente que, por tantos anos, a Big N decidiu restringir o baixinho bigodudo às telas dos consoles. E Mario segue bem nisso, rendendo jogos aclamados por público e crítica. E em time que está ganhando não se mexe, diriam os mais conservadores.
Com o anúncio de um novo filme em parceria com a Illumination Studios (Meu Malvado Favorito, Minions), muita gente ficou receosa. A adaptação de games ao mundo cinematográfico é um tópico sensível, e essa segunda tentativa poderia ser um novo desastre. Felizmente, não é.
A animação Super Mario Bros. O Filme é um verdadeiro presente, tanto para os fãs da franquia, quanto para o novo público que está conhecendo esse universo. Com visuais de encher os olhos, o longa traz a dupla de irmãos Mario e Luigi indo parar no Reino dos Cogumelos, após um vazamento nos encanamentos do Brooklyn.
Uma história pra lá de viajada, o filme se permite levar por uma trama fantasiosa e rica em detalhes. A produção é um baile de referências a basicamente todos os jogos da franquia - passeando até mesmo por spin offs como Donkey Kong Country e Mario Kart. Inimigos, terras e músicas tema clássicas estão presentes para emocionar até os mais durões.
Mas não é só de saudosismo que se sustenta o longa. Super Mario Bros. O Filme traz um ar de novo ao que já é conhecido, trazendo histórias de fundo, desejos e personalidade a cada uma das figuras. Toad é uma figura cômica, Donkey Kong é um rebelde. Até mesmo a princesa Peach - sai a mocinha indefesa, e entra a defensora de seu povo. É bom ver novidade sem perder sua essência, e esse é um dos exemplos que o filme traz com maestria.
Claro, o ritmo acelerado da produção faz com que alguns mais desatentos se percam na história. Assim, é bom estar de olho para não perder nenhuma cena.
Consideração final: Ótimo (★★★★)