Um dos mais premiados artistas do Pará está de volta ao circuito de exposições de Belém. José Augusto Toscano Simões (que assina artisticamente apenas como Simões) inaugura nova exposição: “Fogo Sagrado”, que ficará aberta ao público no período de 10 de abril a 10 de maio, na Galeria Manoel Pastana, no Museu do Estado do Pará. Seus trabalhos ocuparão três núcleos, os mesmos onde estiveram recentemente as obras de Portinari.
As 28 obras, em formatos variados, serão distribuídas nas “Sala do Espírito do Tempo”, “Sala do Desassossego e das Paixões” e “Sala dos Sonhos e das Revoluções”. O título da exposição, “Fogo Sagrado”, é uma referência ao que a arte tem de especial para ele. “A arte é uma chama, uma energia, tem uma exigência que exige um compromisso com ela”, afirma Simões.
E nesse exercício de profunda imersão, Simões referenda artistas do século 20, os de vanguarda e os que foram importantes em sua formação. Aborda o lado obscuro do desejo e das constantes mudanças feitas de forma pacífica ou aguerrida. “Os três espaços se interrelacionam, uma sala está ligada à outra, formando esse fogo sagrado”, explica o artista.
Simões nasceu em Belém. Artista autodidata, demonstrou interesse pelo ofício ainda na infância, realizando sua primeira exposição com P.P. Conduru, em 1976. Descartando a arte fácil, Simões evita a reprodutibilidade das obras e, consequentemente, contribui com a legitimação da arte. Assim, o artista se tornou referência como artista plástico paraense, conquistando os primeiros lugares em vários salões.
Participou de diversos salões em mostras individuais e coletivas e foi premiado em várias ocasiões. Entre as premiações mais significativas podemos citar a exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro e as do Salão Arte - Pará; Salão da Prefeitura de Belém- PA; e Salão Unama de Pequenos Formatos - PA.
As últimas mostras realizadas pelo artista foram em 2008, quando ele mostrou sua produção para “Redesenho”, na extinta Casa Fundação Antar Rohit e, em 2009, “Natureza Imaginária”, no espaço cultural Ministro Orlando Teixeira da Costa, no edifício-sede do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8).
Durante 10 anos (1998 - 2008), Simões também se dedicou a um dos principais espaços culturais de Belém, o Café Imaginário que, além da boa música instrumental e da pizza de jambu, também alimentava seu público com arte, promovendo diversas exposições.
Simões garante que, a partir de agora, volta integralmente à sua produção de arte. Foi na bucólica ilha de Mosqueiro, onde já mora há alguns anos - situada a 1h de estrada partindo de Belém-, em seu atelier na praia de Carananduba, que neste último ano ele se inspirou para a nova exposição que marca seus 38 anos de trajetória.
Serviço
Periodo: de 10 de abril a 10 de maio
Local: Museu do Estado do Pará (M.E.P)
Obras: 28 obras, na técnica acrílica sobre tela, em dimensões variadas