O intimo da cidade

Exposição "Geometria do Tempo" de Geraldo Teixeira inaugura hoje na Elf Galeria

09/08/2013 15:29 / Por: Bruna Valle/ Foto: Divulgação
O intimo da cidade

O olhar aguçado caça um ideal: a essência da Belém do passado coexistindo com o presente. Esse é o olhar de Geraldo Teixeira, que passou quase dois anos fechado em seu atelier para montar a exposição em busca da cidade escondida dos olhares distraídos. Seu quadros, feitos a partir da técnica “Mista sobre tela”, são uma janela para uma olhada mais demorada sobre a beleza e riqueza estética de nossa cidade desvelada em arte.
A exposição pode ser visitada a partir da semana que vem, mas o site da Revista Leal Moreira falou com Teixeira para saber tudo sobre a mostra que pretende mostrar o que esta dentro da cidade  que ninguém vê. Confira:
 
Revista Leal Moreira – Como surgiu essa ideia para a mostra?


Geraldo Teixeira - Este é um tema que eu trabalho desde 2005. É a azulejaria; de maneira geral, tudo o que faz a “pele” da cidade, tudo o que “forra” a cidade me interessa. Tanto a azulejaria quanto as pinturas parietais - o Theatro da Paz, aliás, é forrado por essa pintura. Os desenhos das paredes dos museus, teatros; esses desenhos me interessam porque eu retiro daquela imagem, que é do passado, e eu trago para o nosso mundo agora - para o nosso espaço contemporâneo com uma roupagem a partir de uma pessoa que vive agora.
 
Revista Leal Moreira – Qual sua inspiração?


Geraldo Teixeira - Eu não tenho uma inspiração, eu tenho uma provocação do olhar. A inspiração é uma coisa muito utópica, é muito romanceada. O que provoca o meu olho é justamente essa “pele” da cidade. O que eu chamo de pele da cidade é, por exemplo, o azulejo que faz seu revestimento. A nossa pele é a primeira coisa do nosso corpo. A cidade também tem essa pele, que são os azulejos, as pinturas das casas antigas etc. Nós somos uma somatória de situações, cultura de pai e mãe, cultura da cidade, do país. Tudo isso se soma cada vez que a gente olha para esses elementos que fazem parte dessa história.
 
Revista Leal Moreira –
  Como você espera que seja recebida sua obra?


Geraldo Teixeira - Eu quero que as pessoas se sintam provocadas a sentir prazer, deixar que a arte as toque de alguma maneira. Isso tudo está aqui “ao lado”, não é privilégio meu. Que a gente fique provocado a ver.
 
Revista Leal Moreira – 
Por que "Geometria do Tempo"?


Geraldo Teixeira - Toda forma acaba geometrizando o mundo. Você ocupa espaço em qualquer lugar, seja no guarda-roupas de casa, na mesa da cozinha... Onde você ocupa, você está geometrizando o espaço para poder se inserir. Geometria do tempo de fato.
 
Serviço:

Exposição "Geometria do Tempo", de Geraldo Teixeira
Data: de 13 a 31/08
Horários: de 10h às 13h e de 15 às 19h  (terça à sexta-feira); e das 10h às 17h (sábado)
Local: Elf Galeria (Passagem Bolonha, 60)
A vernissage será no dia 09/08, às 19h.
Informações: 3224-0854

Mais matérias Entretenimento

publicidade