Um país que se chama Felipe Cordeiro

De volta da Europa, o músico conta como foi recebido e a expectativa para o seu novo álbum

23/07/2013 16:49 / Por: Bruna Valle/ Fotos: Luciana Aldegoni
Um país que se chama Felipe Cordeiro

Depois de uma turnê por território internacional, passando pelo festival “Be La Sound” em Berlim (Alemanha) e pelo tradicional “Roskilde" (Dinamarca), Felipe Cordeiro voltou para o ar tropical paraense para encerrar o Terruá Pará, no teatro Margarida Schivasappa - e trouxe na manga canções do seu novo álbum, já em processo de finalização.

Com a mala cheia de boas impressões e  a sensação de ter expandido seu universo criativo para além do continente, Felipe destaca que a música brasileira é super bem vinda na Europa, sobretudo na Alemanha - sensação que teve graças à ótima aceitação do público pelo seu primeiro trabalho, o “ Kitsch Pop Cult”, e ainda aos muitos convites para retornar no futuro. Felipe Cordeiro, que é colunista da Revista Leal Moreira, contou em entrevista exclusiva ao nosso site tudo sobre esta nova experiência e a chegada de seu novo trabalho. Confira:


Revista Leal Moreira - De volta da primeira turnê pela Europa, qual a sensação que fica?

Felipe Cordeiro - É a sensação de estar espalhando as ideias, energias e sentimentos, se integrando a música do planeta.

Revista Leal Moreira -  Como os europeus reagiram à sua musicalidade e à sonoridade paraense?

Felipe Cordeiro -  Mesmo sem entender o idioma, deixaram-se levar pelo som. A música que vem do Pará tem uma característica forte, é muito festiva, mesmo quando há inventividade e conceito. Então, isso é interessante para os europeus, que se renderam imediatamente.

Revista Leal Moreira - As cidades que você visitou, inspiraram novos temas, novas canções?

Felipe Cordeiro -  Sim. Gravei uma música por lá, no estúdio móvel em Bonn, na Alemanha, pra um projeto de CD com músicas do Cazuza para o qual fui convidado. Também fiquei com muitas impressões, que mais tarde estarão, certamente, nos textos e subtextos das canções.

Revista Leal Moreira - Seu novo trabalho já está chegando. Dá para dar uma prévia do que podemos esperar?

Felipe Cordeiro -  É um disco bem diferente do Kitsch Pop Cult. Mais denso, talvez. Sem a presença da música eletrônica (que regia o outro disco) e com letras mais diretas, menos conceituais. Um disco passional, porque isso anda em falta.

Revista Leal Moreira -  Ter recebido ótimas críticas e grande destaque no cenário musical nacional com o primeiro CD facilita na hora de compor, ou cria uma pressão ainda maior?

Felipe Cordeiro -  Cria uma pressão sim. Mas fiz as coisas no meu tempo, esquecendo completamente o outro disco, sem tê-lo como referência. Quis fazer algo realmente novo e assim foi. É um disco corajoso por isso. Procurei parceiros para compor as músicas. Não assimilei o que deu certo no outro pra repetir, me joguei em novos universos e deixei a pressão de lado.

Revista Leal Moreira -  Essa é a primeira turnê internacional de muitas que virão? Quais são os próximos destinos? Já têm planos?

Felipe Cordeiro - É a primeira de outras. Já recebi convites e estamos planejando inclusive uma entrada no mercado americano e latino. Mas é cedo pra dizer os destinos, ainda estão sendo construídos.

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