O multiartista, escritor, dramaturgo e jornalista Ziraldo nos deixou no último sábado (06), mas permanecendo um enorme legado para a cultura brasileira com suas criações. Dono de um traço marcante, ele marcou uma geração com o imaginário popular em histórias clássicas.
Conhecido por seu estilo irreverente, Ziraldo foi o primeiro autor solo de uma revista brasileira em quadrinhos, A Turma do Pererê, na década de 60. Ele também fez oposição ao regime da ditadura com o crítico jornal O Pasquim, sendo um dos fundadores do editorial.
Em 69, o artista lançou um de seus maiores sucessos, Flicts, uma obra sobre autoaceitação e a diversidade, com uma história sobre uma cor que não se identifica como as outras. Tamanha foi a repercussão que chegou até Louis Armstrong, astronauta que pisou na lua.
Mas o seu maior sucesso mesmo foi O Menino Maluquinho. A obra sobre um garoto com uma panela na cabeça atravessou tantas gerações que foi adaptado para os cinemas, televisão e teatro.
Um dos trabalhos mais marcantes de Ziraldo foi uma campanha contra o tabagismo, lançada nos anos 80, e que se tornaram famosas pelo estilo marcante do autor, que também abandonou os cigarros.
Na LiV, Ziraldo já foi capa na edição de número 15, onde destacou momentos marcantes de sua obra, além de mostrar sua então recente obra "A Menina das Estrelas".
O legado deixado pelo cartunista é gigantesco, tendo espalhado pelo Brasil e pelo mundo suas obras marcantes e uma imaginação única, capaz de entreter crianças, jovens e adultos.