Eduardo Guapindaia Maroja ou simplesmente Dudu Maroja, como ele é conhecido no meio fotográfico e na redação da LiV, começou a se interessar pela fotografia aos vinte e poucos anos de idade.
Graduado em tecnologia da informação, o fotógrafo de 40 anos diz que a máquina fotográfica surgiu na vida dele aos 22 anos e sempre esteve associada ao lazer,por isso nunca fez um curso para aprender a manusear o equipamento. “Nunca procurei um curso específico, ia mais pesquisando livros e sites quando tinha curiosidade de experimentar algo”, conta o fotógrafo que é responsável por inúmeras capas da LiV, em 15 anos de existência da revista.
De paixão pessoal, fotografar se transformou em profissão. “Passou a virar profissão quando outras pessoas começaram a me pedir mais e mais para fazer trabalhos de fotografia, não levou muito tempo para virar trabalho, e precisei abandonar o meu trabalho com informática”.
E já faz uma década desde as primeiras fotos amadoras da família e dos amigos às jornadas de pautas e coberturas fotográficas para a LiV que lhe rendeu um acervo de fotos sobre a cidade, personalidades locais e a rica culinária paraense. “Trabalho exclusivamente como fotógrafo há pouco mais de uma década”.
Entre fotos de famosos e anônimos, o que dá prazer é a cobertura de eventos esportivos. “Um trabalho que me marcou muito foi cobrir eventos de MMA, foi juntar duas coisas que gosto muito. Fotografar eventos me permitiu chegar extremamente perto da luta, o que é bem inesquecível, e também me deu oportunidade de presenciar o treino de atletas como Lyoto Machida, Glover Teixeira e Deiveson Figueiredo”.
Sim, é do Dudu Maroja a foto que estampa a capa da Revista LiV de número 68 com o campeão do UFC Deiveson Figueiredo, um paraense que nasceu no Marajó e ganhou o mundo do octógono. Uma foto tão expressiva que não estava cotada para ser a capa da edição, mas acabou conquistando os editores da revista e foi alçada a capa.
Como já fez muitos retratos de pessoas e objetos, o fotógrafo tem um sonho de conhecer e fotografar o Japão e sua cultura milenar. “Gostaria muito de um dia poder fotografar o Japão, que é um local completamente diferente da nossa realidade, local de belezas não só geográficas mas de uma cultura diferente que me desperta muita curiosidade”.
Mas desde que nasceu sua filha, Maria Eduarda, de 5 anos, Dudu Maroja voltou-se quase que completo para a paternidade e tem sido pai por quase tempo integral. “No momento sou mais Pai que fotógrafo, todo o tempo que não estou trabalhando estou com a minha filha o que me deixa quase sem tempo para outras atividades”.
O amor da Duda ele divide com outras de suas paixões, o videogame e os passeios de bicicleta pela cidade. “Quando minha filha dorme, consigo jogar videogame, e quando dá, no final de semana, saio para pedalar com os amigos”.
Dudu Maroja é esse cara super tranquilo que adora a natureza, esportes e de estar com a família. Ele também é avesso às redes sociais, mas quando o assunto é fotografia abusa do talento e busca inspiração em dois grandes fotógrafos mundiais. “Gosto muito do trabalho do polonês Andrzej Dragan, tem umas imagens fortes e impressionantes, assim como o papa da fotografia nacional, Sebastião Salgado”.