Com obras espalhadas ao redor do mundo, Dan Graham é um nome de peso para a arte mundial. O artista de 79 anos, que faleceu no último final de semana em Nova Iorque, deixa um imenso legado de contribuições para a história da arte, entre obras e influências de estilo.
Um artista completo e multifacetado, o norte-americano foi o expoente das artes conceituais e influenciou diretamente as áreas de arquitetura, fotografia, escrita, cinema e escultura.
Apesar de sua relevância no meio artístico, se definia apenas como arquiteto ou escritor. Em 2011, ele declarou ao Museu de Arte Moderna (MoMA): "Minha paixão nunca foi a arte. Sempre foi arquitetura, turismo, rock and roll e escrita de rock and roll”.
Nascido em 31 de março de 1942, o artista norte-americano iniciou sua carreira em meados de 1960, como galerista. Virou destaque na arte ao criar o conjunto de obras intitulado Pavilion, projeto iniciado pelo artista no final da década de 70. A série é composta por edificações de vidro que denuncia a vigilância a qual as pessoas são submetidas.
Hoje, suas obras podem ser vistas em alguns dos museus mais conceituados do mundo, como o MoMA, em Nova Iorque.
No Brasil, a obra do artista está em permanente exposição no Instituto Inhotim, localizado no município de Brumadinho, em Minas Gerais. Intitulado “Bisect Triangle, Interior Curve (2002)”, o trabalho integra Pavilion.
A composição possui formato triangular e possui paredes de vidro, o que causa uma certa distorção na percepção visual quando há a entrada de luz, já que pode não ser possível indicar exatamente os elementos que estão dentro ou fora do ambiente. É proposta uma reflexão acerca da relação entre o ambiente e os seus habitantes.