Ancestralidade, vivências, e sobretudo, a rica cultura da Amazônia. Essa é a proposta da 1ª Bienal das Amazônias, que está sendo realizada em Belém do Pará. Quem visita a exposição tem a oportunidade de conhecer a produção artística e cultural de artistas locais e até mesmo de outros países que fazem parte do eixo norte do país e além-fronteira, como a Guiana Francesa e o Peru.
Instalada em um prédio de uma antiga loja de departamentos da cidade, o ambiente que recebe a 1ª Bienal da Exposição tem quatro pavimentos e foi transformado em uma verdadeira galeria. A cada andar, obras fascinantes deslumbram o público. A sensação é de conhecer o íntimo e particular mais belo que alguém pode oferecer. São pinturas, fotografias, esculturas e instalações que contam, uma a uma, histórias de um mundo relegado ao ostracismo pela lógica cultural que valoriza somente o que vem de outras regiões.
Durante nossa visita, um dos guias nos explica que boa parte da curadoria, formada somente por mulheres, trouxe a arte produzida por indígenas, caboclos, negros e outros grupos invisibilizados. Isso explica a sensação de frescor ao conhecer a Bienal, que transborda criatividade a cada corredor.
Entre os homenageados do evento, estão a premiada fotógrafa Elza Lima, que possui mais de 40 anos registrando o cotidiano de ribeirinhos, caboclos e a cultura popular da Amazônia. Parte do seu acervo está disponível para visitação.
Outra fotógrafa também homenageada é Walda Marques, também fotógrafa e a frente de diversas produções culturais. Em conversa com a LiV, ela declarou: ‘é incrível participar da 1ª Bienal. Por ser no meio do comércio, eu acho maravilhoso para que todas as pessoas, que normalmente não teriam, possam ter acesso. As curadoras e toda a equipe estão de parabéns e que tenha vida longa este projeto’.
Confira algumas das obras de arte:
Serviço:
1ª Bienal das Amazônias
Rua Senador Manoel Barata, 400 - Comércio
De 4 de agosto a 5 de novembro